tag:blogger.com,1999:blog-234332252024-03-07T15:21:55.681-05:00ANTROPOCÓSMICO- Je reprends :
Donc le poète est vraiment voleur de feu.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-56010441427365131852011-06-02T13:38:00.001-04:002011-06-02T13:41:49.965-04:00Fruta-flor<br /> <br />Faz meu coração de manga<br />Fruta pão do corpo. <br />Acaricia os cachos <br />Beija-me a maçã<br /> sorrindo no rosto. <br />Jabuticaba os olhos <br />Usufruta-me todo.<br /><br />E tu maria sem vergonha, <br />Trepadeira, rosa-me o rosto. <br />Mas és <br />dama da noite<br /><br /><br />Acaricio tuas acácias <br />na flor da pele beijo. <br /><br />Violeta-me o corpo, <br />Crava-me o cravo, <br />Videira na mente, Floreia-me flor.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-59623417901529522102011-06-02T13:34:00.001-04:002011-06-02T13:37:18.269-04:00Embriagar-me<br />De tuas beiradas sanguíneas<br />Desta tua feitura férrea<br />Queimar-me em teus ossos gélidos<br />Cheirar, beijar a brasa em teus cabelos <br />Qual fogo que cascateia de tua cabeça <br />Labirintar-me em você<br />Isso!Fazer dela oca<br />Cabaça fluídica<br />Tú! Me agarra como o inverno Relva<br /> á pedra<br /><br />Tua garra abrindo córtex<br />Em minhas costas<br />Floreia-me a a pele, os ossos <br />A carcaça , a caveira<br />Lambe-me as entranhas <br />(como á uma fotografia) <br />Acêsame <br />Somos frente <br />E dentro do outro <br />Espelhos na escuridão <br />Ruflo ciclônico <br />Os lobos <br />Louca insânia alcatéia <br />Assovio bruxo <br />Jogados ao vento <br />Descobre-me as frestas<br />Atravessa-me as portas <br />“palpita o pássaro pequeno no peito”<br /><br />Eriça-me teu <br />Assusta-me gozante <br />Cerca-me elétrica<br />Fricça-me a pele <br />Corrente-me ar <br />Incensa-me mente <br />Faz-me mistério <br />Palpita-me sangue <br /><br />No-meio-te vida.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-62730189551396567362010-07-14T14:56:00.002-04:002010-07-19T15:17:47.207-04:00Como confiar em algo <br />Ou alguém que só de noite <br />Vem<br />Que bem nem sei de onde vem <br />Que alada<br />É coisa maravilha que pousa<br />Do alto <br />Ou <br />É coisa que se insinua <br />E atenta <br />Por baixo <br /><br />É fruto esplendoroso fruto almiscarado <br />É fruto do prazer <br />Que cresce nas intempéries do diabo <br /><br />É fruto fulgor do chão <br />É fruto sereno <br /><br />Canto encanto do pássaro <br />E Canteiro encantado<br />É fruto ardor <br />Delicia esplendorada<br /><br />Dragão de cômodo <br />vôo águia já rasgando do céu a terra<br /> <br />É fruto encarnado <br />fruto encarnação.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-46991488874935503722010-07-04T21:00:00.001-04:002010-07-04T21:00:41.495-04:00acção como tomar uma? <br />enfeixo de reações de uma retumbação remota <br />feixe de interações nervosas <br /><br />deito sem querer dormir eis que tomo a barca e a anforâ dos sonhos: <br />farejo a essencia dos perfumes de haver dentro, rastro de haver fora <br />rastro de um tempo-flor <br />flor de longinqua raiz <br />belico beija flor audaz<br />descanso na sombra de uma amada <br />faço de tudo um presente <br />presinto o passado, adivinho o passo dado do futuro <br />a pobreza e a riqueza quimera que balanceiam com guerras <br /><br />a festa é dentro d´alma <br />como o peixe dentro d´aguapedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-53465636271089418262010-07-04T20:59:00.000-04:002010-07-04T21:00:04.000-04:00com as mão calmas e serenas <br />como uma musica nevoa fina<br />recolho o sereno <br />ou como sereia levanto um pouco o dorso<br />a cauda no mar para ver o pouco do sol se levantar, <br />criança ainda cedo olho o vaso brotar. <br />desembrulhar do bonito papel do presente....<br /> <br />O veu prenuncio <br /><br />Ela abrindo veias no ar <br /> significando o vento <br />ela todo por dentro e fora involuntario <br />ela leve fado <br />ela e seu leve toque de fado <br />se não hover nada <br /><br />que ela seja cultuada <br />ela não fazendo nada disso<br />mas deixando fazer <br /><br /><br /><br /> Busco. viver e não ser vivida <br /><br />´fraturas fractais <br />frutas fatais <br />do que comi?<br />exorcismos intestinais <br />demonios estomacais <br />fraqueza do olho capaz <br />ponte quebradiça <br />pés com chagas invisiveis<br />procuro os olhos regados inventores.<br /><br />As luas do olhar <br />que morra que morra <br />no mar <br />que habite a sombra sempre suave molhada iluminada <br />esse reflexo seco que atravessa e atravessa....<br />que travessas travéssas atravesso <br />onde essse atravez e atraz do verso!?<br />travessia indencifravel silencio frente ao selvagem <br />os pés leves as narinas abertas, caço ou sou caçado <br />os trés serei coma que comer!:<br />sou carne e sangue embebido <br />vinho e taça <br />sede e silencio <br />fome e carne..pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-74385201826549935632010-07-04T20:58:00.001-04:002010-07-04T20:58:59.419-04:00uma sombra sequer <br />um relato ao relento do vento <br />faces rubras dos corpos amarelecidas de fogo <br />um violão ao fundo da pele <br />uma mão dada para andar <br />uma lagrima no rosto para amar<br />um cabelo á pentear <br />um cuidado sequer <br />um rosto molhado de lagrima quentes para salvar <br />um peito dois peitos para amar <br />um rosa dos ventos para guiar <br />sirius no alto verão, <br />um sorriso estendido sem entendimento <br />uma pele salgada de suar o sol da agua do mar<br />uma loucura para se rir a dois <br />uma roupa para se amar por cima <br />um olhor desconhecido reconhecido ao longe <br /><br />um mudo para moldar <br />labios sanguineos lentos<br /><br />uma iris para desvendar a superficie de ser assim simplismente amada<br /><br />uma cama para amar a tarde <br />um deixar rolar o peso grávido de engravidar nossa eletrica fricção <br />uma pscina inteira para o olhar refrescado <br />o verde de fora da psicina brilhando verde <br />o sol banhado por baixo <br />agua lavando o sol do temppo <br />lavanda de seu espirito á noite <br />musica do frescor de encontra-la vindo á mimpedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-83885213707619528432010-07-04T20:56:00.000-04:002010-07-04T20:57:35.443-04:00Eu nú <br />E você <br />Nenhuma civilização capaz de descrever <br />As que podiam foram enterradas suas carnes seus sangues e seus sacrifícios batizados pela cruz ou pela ciencia <br />Eu virgem nu <br />A carne tremente toda água ardente<br /> sua iniciação <br />Anunciada prenunciada por esse instante <br />Aquático de seus olhos em sol de lua <br />Tranborda-me <br />Você, você não vem me curar <br />Vem sim anunciar uma cultura selvagem tresloucada<br />Inventada a cada noite em cada dia<br />Candida Estrela super-nova invenção descoconhecida <br />Me guia em sua cadencia me guia em sua incandescência <br /> seguirei rebento <br />Puro <br />Sabendo que amanhecerei gritando berrando por seu leite seu leito seu sangue sua carne <br />Mas por agora, só isso : inventa, amada, inventa-me.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-19891424842534720942010-07-04T20:48:00.000-04:002010-07-04T20:55:38.207-04:00Do vento frio e fresco<br />vem do longe e fora<br />o cheiro-perfume <br />verde malva<br />de tua carne iluminada. <br /><br />como os entreponteiros de <br />um relogio de madeira metal<br />me encontro no jardim do vazio pleno<br />como te amo perfume.<br />a claridade amarela <br />do zoologico da espera!<br /><br />preces ao vento sem horizonte<br />e sem começo.<br />II<br /><br /><br />sim<br />não posso ver-cego o sol<br />ornado e coroado de espinhos<br /><br />prefiro antes o anis ao sal<br /><br />existem vivos os que buscam as raizes da terra diaria.<br /><br />as flamejantes mãos<br />da morena parda<br />que aquaticamente me dança <br />o respirar<br /><br />tranquilamente ofegante <br />como ondas e ondas<br />de sal<br /><br />onde pela onda se esconde ?pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-77921363704021596582010-03-15T22:11:00.002-04:002010-03-15T22:21:17.784-04:00ó sim <br />esperei dentro de mim<br />como um ovo sem casca<br />por você,<br />depois de enamorar-me do poder <br />e por ele poder me fragmentar<br />violencias tripas e cascalhos <br />ao chão<br />ó sim <br />ser devorado lacinante <br />esteril <br />e depois beber beber<br />me umidecer <br />pois o frio fogo do gelo terrestre <br />requer fogo <br />ó sim esperei po ti <br />esse que guardo o nome<br />cresce criança:<br />Por isso te inventei <br />nome e sobrenome<br />para pertencer<br />sim ! novamente pertencer:<br />oh homem apocaliptico:<br />um sacrificio das coisas<br />maternas maternais<br />terrenais, um cometa !<br /><br />a calma placida de me afogar <br />e sim ela morrerá<br /> por sua boca peixe de asas<br />fatais: estrebucha, estrebucha<br />mulher-estrela-esteril, <br />tú estavas já morta mulher estrela esteril.<br /><br />Ps: esse canto é anterior ao que vem depois, bem anterior.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-88190680629595340132010-03-15T22:06:00.003-04:002010-03-15T22:11:49.086-04:00Nunca é dado o real <br />dados rolam na mesa<br />de marmore cristal<br />incendeiam ocres amarelos <br />é um destino selado <br />como cavalos selvagens:<br />o escuro do amor<br />musica na clareira<br />quieta folia <br />vapores de baixas respirações <br />retubantes suaves tambores<br />espacos vagos de estrelas<br />gazes embebidos de luz lunar:<br />aguas sobem e ressobem<br />o conforto da igreja será inundado <br /><br /><br />ao alto! ao alto! <br />e não conte com ninguem <br />o festim dos ceus <br /><br />confundirão as diversões divinas <br />com as mortais mãos <br />é belo sim !<br />mas solitario sim !pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-48381212340712048672009-07-08T15:13:00.003-04:002009-07-09T10:38:54.650-04:00<div style="text-align: center;">deshomenagem de amizade<br /><br /><br />Meu ouro é recôndito<br /><br />meu recôndito<br /><br />é de ouro.<br /><br />Sua criança me ensinou o futuro<br /><br />assim transponha a culpa de minha felicidade á ti.<br /></div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-44145074804318791602009-07-08T15:10:00.002-04:002009-07-08T15:12:51.028-04:00Agora<br /><br />Peço que o tempo pare<br />como se a mim não desejasse<br /><br />Peço que o tempo passe<br />como se o mundo não desejasse<br /><br />O que de mim do mundo fez amar<br />a cura de dentro da loucura<br /><br />e o mal<br />por dentro do normal.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-35818900007649087602009-04-27T17:38:00.001-04:002009-04-27T17:38:30.504-04:00<div style="text-align: center;">Nada ninguem alguem<br />amarei mais com o baço<br />minha proximidade com a bile<br />arrefaz minha vida em paixão linda mundana<br />de guerra e paz<br />eu me tranformando num amor de aguas<br />que me fogem como um sonho de fogo longe<br />e assim morre um anjo se debatendo em suas asas abertas e fechadas<br />ele se afogou em sua asa apressada de um novo voa sob as aguas escaldantes de um vento congelante de terra distante tua<br />meu corpo embaçado e embasbacado da proximidade longenva do possivel do teu<br />meu não amor por você morreu numa invenção quase sozinha<br />de um amor que se queria<br />tetra inventando: do nada, do desconhecido do seu corpo de cigano que me foge dançando e cantando</div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-79742461290168305942009-04-20T12:30:00.002-04:002009-04-20T12:35:51.985-04:00Quero vou contar como se contava: com o fogo:<br /> cantando.<br />Não abstrairei e não colherei as palavras não maduras de suas escuras fertiliaddes;<br />a palavra é lança e seta, com terra metalizada e fogo e forja é feita.<br />Quero refazer as palavras: falarei com fogo de seiva,<br />a lentidão: <br /> fogo tem raizes? <br />vou queimar raizes temperadas:<br />que acontece com o tempo quando queimo? o fogo altera o tempo?<br /><br /> o tempo é as raizes do fogo!<br /> tempo é fogo invisivel!<br /><br />tudo queima e o sonho?<br />já sonhei com o fogo, estou sonhando fogo e o fogo não destroi meu sonho: acelera.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-18081039512117980882009-04-20T12:23:00.004-04:002009-04-20T13:00:39.353-04:00<div style="text-align: center;">Se me pedes menino bonito<br />assim fico:<br />vermelho vermelho<br />como rosa em botão.<br />E se me desafloro<br />me arranca os espinhos e o chão<br /><br />e num ar bonito me entregas a ela<br />pois sei que é assim:<br /><br />é dela seu coração.</div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-20456164635165458742009-04-20T12:15:00.005-04:002009-04-27T17:35:34.324-04:00<div style="text-align: center;">Ágoras<br /><br /><br />Lá da vinha vinha um adivinho<br />no meio da chuva<br />vinha alegre<br />pois tinha na caneca<br />o quente doce<br />do vinho.<br /><br />eu que o via de longe vindo<br />com o vinho tinto alegre na<br />mão<br />no meio da chuva o adivinho<br />com mãos quentes me deu:<br /><br />uma fria uva.<br /><br /><br />II<br /><br />E por um triz<br />não se tornou meretriz<br />mal sabe ela<br />infeliz<br />que do canto argento da bela diana<br />eram as mulheres que recebiam,<br />de braços e leitos abertos os rapazolas.<br />As primeiras que lhes respeitavam<br />as leis sendo elas mesmas violadas.<br /><br />abril</div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-31357033011706922572009-03-16T16:32:00.005-04:002009-04-20T12:53:02.525-04:00<div style="text-align: center;">I<br /><br />Por dentro és resguardo<br />Por fora ventura<br />:<br />tu que teu dentro<br />lambe teu fora<br />: entretanto teu entre<br />entranhas som<br /><br />vibra-te<br /><br />tu quem não foges e segues<br />carregas selvático tua caça<br /><br />e se com tanto amor me abandonaste<br />tens casa e morada branca<br />em minha imaginação<br />gramado livre<br />noite aberta até o chao<br />tudo tão banhado de ar<br />para que ao teu farejar<br />transforme-te<br />em quem tu és,<br /><br />e de manhã sejas sonho<br />e calma ganha<br />de poderes reinar sob tua casa<br />que é teu corpo .<br />caçador que não te esqueces de brincar<br /><br />brinca até a morte levar<br />sereno e audaz<br />esfinge;<br />que me queres eu te adivinhar?!<br /><br />Foges ó misterio<br />para mais longe<br />enquanto te comtemplo por<br />mais dentro<br />(está abolido o tempo, dançamos!)<br /><br />II<br /><br />E a lua a lua<br />que o sol lambe<br />nos penetrará<br />farejaremos num respirar<br />seus perfumes e véus suaves.<br />Nos reconheceremos?<br />-num leve vislumrar-<br />-não falaremos-<br />desteceremos mudos<br />para contar.<br /><br />Corpo tu és será<br />receptor e dadivante<br />entregará novos e indescobertos (incandescentes)<br />sonhos delirantes.<br />ó pura eletricidade<br />tú faras os pelos se<br />eriçarem na recordação instintiva<br />de antigos renovados misterios novos ;<br /><br />Caçaremos misteros!<br />Sim, como se caçava a vida com sede de sangue!<br />mas nós, nós teremos a fronte de um brincalhão<br /><br />nao quereremos ouro<br />pois temos o sol<br />estrelas nos olhos<br />e prata nos cabelos<br />seremos novamente que sempre fomos:<br />ciganos cobertos pela lua<br />cobertos de especiarias<br /><br />.cheiraremos a vida.<br /><br />Pedro Mota<br />Março</div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-63192215846532512172009-01-31T12:41:00.002-04:002009-01-31T12:52:25.109-04:00Áo amigo de carne de sonho Leon<br /><br />O coração batendo Baixo<br />e sagrado<br />Vela acesa e protegida.<br /><br />seu coração perto do chão<br />seu sorriso lagarto<br />tua vela acesa<br />teu respirar a terra<br />desdo verde do chão<br />teu verde corpo espelhando<br />o alto nascido deste mesmo chão<br /><br />teu lento pensar de eras<br /><br /> lento e pulsar.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-46550029156042862672009-01-31T12:32:00.002-04:002009-01-31T12:39:55.213-04:00Beije-lhe um sapo<br />entranhei-le<br />o visco venenoso e calmo<br />ele Rei da Noite já.<br />O alucinatorio<br />começar do meio<br />da musica {clássica).<br />Um trovão de repente<br />a orquestra sobe<br />principio dos dois lados:<br />e num salto escuro<br />um susto iluminado<br />o coração contrito e alargado<br />os corpos imantados - a noite se canta e se caça :<br />É a lua, é a lua<br />gritam calados, os sapos<br />um grito cantado<br />é a lua é a lua<br />gritam calados<br />o outro do outro lado<br />num circulo esfera<br /> natureza ressoa<br />e por ela cantam<br />e eles por elas:<br />isso não era esperado:<br />É a lua, é a lua<br />sofre amando o sapo<br />calado o corpo respirando<br />apressado sofre parado<br />e então: É a lua é a lua<br />a lagoa do outro lado.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-73282771082812010492008-11-30T13:26:00.000-04:002008-11-30T13:27:01.665-04:00Eu acordando de estar dormindo<br />Abro os olhos do sono<br />doce ...: tudo ainda sem nome.<br />O carro diligente:<br />O ventre.<br /><br /><br /><br />No côncavo de minha imaginação<br />Que é escuridão<br />Movimentos de cores: mansas como um caçador:<br /><br /><br /><br />Paisagens esquecidas por ninguém<br />me visitam<br /><br />selvagens como anjospedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-79931501450362399842008-11-30T13:22:00.003-04:002008-11-30T14:14:37.055-04:00Primeira Parte ou de como criar agua no deserto ou o oasis da imaginação<br /><br />Fatalmente quando penso na água , não é água o que penso, mas tambem já não sou eu. Assim como a única maneira que se tem de ir ao sol não é indo a ele, mas no que me vem dele (mas no sol que me vem) ir a seu encontro assim há coisas que só farejamos como perfumes quanto mais fundo encontramos o que havia em sua superfície apenas mais denso como um sol. ......<br /><br />Quando penso no Egito só penso nele, mas quando imagino o Egito estou criando um egito-eu que já não sou só eu, o que imagino do Egito então não sou eu, mas um egito desconhecido de mim mesmo; Por isso que quanto mais longe e distante imagino mais intimo me torno de do que sou sem (mais intimo me torno de um eu que não conheço).. como no sonho ... saber: invento.pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-13593330337384714742008-11-10T16:09:00.003-04:002008-11-10T16:13:55.211-04:00Antropofagia de um beijo em uma Vênus Ctonica<br /><br />Porque me arrisco<br />nos dentes abertos.<br /><br />A lingua faminta<br /><br />de um outro.<br /><br />Enfim - um riscopedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-38764502544370197602008-08-28T12:35:00.000-04:002008-08-28T12:38:21.718-04:00Antes. Minha alma ia junto de meu pequenino corpo que era só alma, inundado de alma. Então ia feliz como numa tempestade que só por essa felicidade, estava em mim secamente encharcado: Ela me amava. E desse amor posso dizer era feito meu corpo e por isso a vela a velas-segredo se mantinha acesa, em segredo calma: eu não sabia.<br /> Meu corpo, minha imposição calma (no) do mundo. Cada movimento eu um movimento por inteiro como um amante, ela me olhava, eu o sabia, com o coração em prece de dor (hão preces sem dor?) (as lagartixas tem preces quando perdem o rabo; e as estrelas?) e por me saber sempre olhado com olhos de carinho e estupefação ia eu em gestos. Meu corpo era (é) minha alma guardada: Penso que os anjos deveriam rezar por nós e deus pediu: (de seu antro de arquitetura nunca feita de puro som calmo, assim, como uma lagoa azul mole e água em centro de uma caverna. que é escuro como uma roupa clara que é (como) roupa dentro do armário) se-me reze pela pele de um cordeiro que é sangue e entranhas pululantes, puro movimento de ser dentro e vibrantes. E ela(-eu) era feliz e de tanto me olhar entrou como dentro em mim. E os perfume ahhh os perfumes: . Eu acreditava em perfumes.<br />Pequeno Pedro Motapedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-41586603774218274262008-08-07T13:09:00.001-04:002008-08-07T13:11:43.180-04:00"Sim eu que bebo para me perder, para me perder por todo. <br /> :Eu lambido de fogo, lambida de fogo-fogosas por inteirodentro. Todo obscuro em resplandecer brilhante. O meu negrume girando e girando por todo o dentro feliz, desconhecido e fértil. Eu aceso e esquecendo: onde comecei, eu meio de nada já,-girando-. Eu me tornando só como um sol negro..."pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-23433225.post-31638353905798291162008-07-23T12:03:00.001-04:002008-07-23T12:06:27.449-04:00<div align="left"><span style="color:#333333;">Eu que não entendo o sangue fluindo Eu que prefiro o excesso calado da subvida,<br /><br /><br /><br />Então ...ele respirou raso, profundamente raso,<br />Foi que o ar mergulhara em seu corpo; puro, de um selvagem mergulho.<br />O céu, deus! o céu estava alto, profundamente alto assim infindável<br />E o céu, o céu era de uma brancura, de um branco tão poderoso e tão pleno que em algum lugar (distante) choveria ...<br />E ele ouvia.<br />Ele ouvia, talvez o temor delicioso que ele estava vivendo lhe abrira os tímpanos como um animal que mais que naturalmente sutiliza seus ouvidos em certas ocasiões de extrema vida:<br /><br /><br /><br />E respirar era um tato e com o tato da pele ele sentia o ar inteiro, o tato era uma espécie de olfato tão delicado<br />Ele respirava mudo como um surdo aprende a ouvir por toda sua pele.<br />A vida era então uma maneira prazerosa e doida de experimentar o grande gozo da morte:<br />A fina pele da água viva que a separava da grande água. A pele do óvulo.<br />A membrana da flor, quase uma conquista de ser ar.<br />A vida era então uma maneira de experimentar a morte de uma maneira bem vivida. Depois ...<br />Como a dura casca frágil do ovo e viver banhado de ar era um grande convite: ...<br />E como viver era raro ele e as raízes imaginavam... Apenas. Vivas. </span></div><div align="left"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="left"><span style="color:#333333;">Pedro Mota Junho 2008</span></div>pedroponcionihttp://www.blogger.com/profile/10479933358960044326noreply@blogger.com6