quinta-feira, agosto 28, 2008

Antes. Minha alma ia junto de meu pequenino corpo que era só alma, inundado de alma. Então ia feliz como numa tempestade que só por essa felicidade, estava em mim secamente encharcado: Ela me amava. E desse amor posso dizer era feito meu corpo e por isso a vela a velas-segredo se mantinha acesa, em segredo calma: eu não sabia.
Meu corpo, minha imposição calma (no) do mundo. Cada movimento eu um movimento por inteiro como um amante, ela me olhava, eu o sabia, com o coração em prece de dor (hão preces sem dor?) (as lagartixas tem preces quando perdem o rabo; e as estrelas?) e por me saber sempre olhado com olhos de carinho e estupefação ia eu em gestos. Meu corpo era (é) minha alma guardada: Penso que os anjos deveriam rezar por nós e deus pediu: (de seu antro de arquitetura nunca feita de puro som calmo, assim, como uma lagoa azul mole e água em centro de uma caverna. que é escuro como uma roupa clara que é (como) roupa dentro do armário) se-me reze pela pele de um cordeiro que é sangue e entranhas pululantes, puro movimento de ser dentro e vibrantes. E ela(-eu) era feliz e de tanto me olhar entrou como dentro em mim. E os perfume ahhh os perfumes: . Eu acreditava em perfumes.
Pequeno Pedro Mota