segunda-feira, março 15, 2010

ó sim
esperei dentro de mim
como um ovo sem casca
por você,
depois de enamorar-me do poder
e por ele poder me fragmentar
violencias tripas e cascalhos
ao chão
ó sim
ser devorado lacinante
esteril
e depois beber beber
me umidecer
pois o frio fogo do gelo terrestre
requer fogo
ó sim esperei po ti
esse que guardo o nome
cresce criança:
Por isso te inventei
nome e sobrenome
para pertencer
sim ! novamente pertencer:
oh homem apocaliptico:
um sacrificio das coisas
maternas maternais
terrenais, um cometa !

a calma placida de me afogar
e sim ela morrerá
por sua boca peixe de asas
fatais: estrebucha, estrebucha
mulher-estrela-esteril,
tú estavas já morta mulher estrela esteril.

Ps: esse canto é anterior ao que vem depois, bem anterior.
Nunca é dado o real
dados rolam na mesa
de marmore cristal
incendeiam ocres amarelos
é um destino selado
como cavalos selvagens:
o escuro do amor
musica na clareira
quieta folia
vapores de baixas respirações
retubantes suaves tambores
espacos vagos de estrelas
gazes embebidos de luz lunar:
aguas sobem e ressobem
o conforto da igreja será inundado


ao alto! ao alto!
e não conte com ninguem
o festim dos ceus

confundirão as diversões divinas
com as mortais mãos
é belo sim !
mas solitario sim !