quarta-feira, julho 14, 2010

Como confiar em algo
Ou alguém que só de noite
Vem
Que bem nem sei de onde vem
Que alada
É coisa maravilha que pousa
Do alto
Ou
É coisa que se insinua
E atenta
Por baixo

É fruto esplendoroso fruto almiscarado
É fruto do prazer
Que cresce nas intempéries do diabo

É fruto fulgor do chão
É fruto sereno

Canto encanto do pássaro
E Canteiro encantado
É fruto ardor
Delicia esplendorada

Dragão de cômodo
vôo águia já rasgando do céu a terra

É fruto encarnado
fruto encarnação.

domingo, julho 04, 2010

acção como tomar uma?
enfeixo de reações de uma retumbação remota
feixe de interações nervosas

deito sem querer dormir eis que tomo a barca e a anforâ dos sonhos:
farejo a essencia dos perfumes de haver dentro, rastro de haver fora
rastro de um tempo-flor
flor de longinqua raiz
belico beija flor audaz
descanso na sombra de uma amada
faço de tudo um presente
presinto o passado, adivinho o passo dado do futuro
a pobreza e a riqueza quimera que balanceiam com guerras

a festa é dentro d´alma
como o peixe dentro d´agua
com as mão calmas e serenas
como uma musica nevoa fina
recolho o sereno
ou como sereia levanto um pouco o dorso
a cauda no mar para ver o pouco do sol se levantar,
criança ainda cedo olho o vaso brotar.
desembrulhar do bonito papel do presente....

O veu prenuncio

Ela abrindo veias no ar
significando o vento
ela todo por dentro e fora involuntario
ela leve fado
ela e seu leve toque de fado
se não hover nada

que ela seja cultuada
ela não fazendo nada disso
mas deixando fazer



Busco. viver e não ser vivida

´fraturas fractais
frutas fatais
do que comi?
exorcismos intestinais
demonios estomacais
fraqueza do olho capaz
ponte quebradiça
pés com chagas invisiveis
procuro os olhos regados inventores.

As luas do olhar
que morra que morra
no mar
que habite a sombra sempre suave molhada iluminada
esse reflexo seco que atravessa e atravessa....
que travessas travéssas atravesso
onde essse atravez e atraz do verso!?
travessia indencifravel silencio frente ao selvagem
os pés leves as narinas abertas, caço ou sou caçado
os trés serei coma que comer!:
sou carne e sangue embebido
vinho e taça
sede e silencio
fome e carne..
uma sombra sequer
um relato ao relento do vento
faces rubras dos corpos amarelecidas de fogo
um violão ao fundo da pele
uma mão dada para andar
uma lagrima no rosto para amar
um cabelo á pentear
um cuidado sequer
um rosto molhado de lagrima quentes para salvar
um peito dois peitos para amar
um rosa dos ventos para guiar
sirius no alto verão,
um sorriso estendido sem entendimento
uma pele salgada de suar o sol da agua do mar
uma loucura para se rir a dois
uma roupa para se amar por cima
um olhor desconhecido reconhecido ao longe

um mudo para moldar
labios sanguineos lentos

uma iris para desvendar a superficie de ser assim simplismente amada

uma cama para amar a tarde
um deixar rolar o peso grávido de engravidar nossa eletrica fricção
uma pscina inteira para o olhar refrescado
o verde de fora da psicina brilhando verde
o sol banhado por baixo
agua lavando o sol do temppo
lavanda de seu espirito á noite
musica do frescor de encontra-la vindo á mim
Eu nú
E você
Nenhuma civilização capaz de descrever
As que podiam foram enterradas suas carnes seus sangues e seus sacrifícios batizados pela cruz ou pela ciencia
Eu virgem nu
A carne tremente toda água ardente
sua iniciação
Anunciada prenunciada por esse instante
Aquático de seus olhos em sol de lua
Tranborda-me
Você, você não vem me curar
Vem sim anunciar uma cultura selvagem tresloucada
Inventada a cada noite em cada dia
Candida Estrela super-nova invenção descoconhecida
Me guia em sua cadencia me guia em sua incandescência
seguirei rebento
Puro
Sabendo que amanhecerei gritando berrando por seu leite seu leito seu sangue sua carne
Mas por agora, só isso : inventa, amada, inventa-me.
Do vento frio e fresco
vem do longe e fora
o cheiro-perfume
verde malva
de tua carne iluminada.

como os entreponteiros de
um relogio de madeira metal
me encontro no jardim do vazio pleno
como te amo perfume.
a claridade amarela
do zoologico da espera!

preces ao vento sem horizonte
e sem começo.
II


sim
não posso ver-cego o sol
ornado e coroado de espinhos

prefiro antes o anis ao sal

existem vivos os que buscam as raizes da terra diaria.

as flamejantes mãos
da morena parda
que aquaticamente me dança
o respirar

tranquilamente ofegante
como ondas e ondas
de sal

onde pela onda se esconde ?

segunda-feira, março 15, 2010

ó sim
esperei dentro de mim
como um ovo sem casca
por você,
depois de enamorar-me do poder
e por ele poder me fragmentar
violencias tripas e cascalhos
ao chão
ó sim
ser devorado lacinante
esteril
e depois beber beber
me umidecer
pois o frio fogo do gelo terrestre
requer fogo
ó sim esperei po ti
esse que guardo o nome
cresce criança:
Por isso te inventei
nome e sobrenome
para pertencer
sim ! novamente pertencer:
oh homem apocaliptico:
um sacrificio das coisas
maternas maternais
terrenais, um cometa !

a calma placida de me afogar
e sim ela morrerá
por sua boca peixe de asas
fatais: estrebucha, estrebucha
mulher-estrela-esteril,
tú estavas já morta mulher estrela esteril.

Ps: esse canto é anterior ao que vem depois, bem anterior.
Nunca é dado o real
dados rolam na mesa
de marmore cristal
incendeiam ocres amarelos
é um destino selado
como cavalos selvagens:
o escuro do amor
musica na clareira
quieta folia
vapores de baixas respirações
retubantes suaves tambores
espacos vagos de estrelas
gazes embebidos de luz lunar:
aguas sobem e ressobem
o conforto da igreja será inundado


ao alto! ao alto!
e não conte com ninguem
o festim dos ceus

confundirão as diversões divinas
com as mortais mãos
é belo sim !
mas solitario sim !