quarta-feira, julho 08, 2009

deshomenagem de amizade


Meu ouro é recôndito

meu recôndito

é de ouro.

Sua criança me ensinou o futuro

assim transponha a culpa de minha felicidade á ti.
Agora

Peço que o tempo pare
como se a mim não desejasse

Peço que o tempo passe
como se o mundo não desejasse

O que de mim do mundo fez amar
a cura de dentro da loucura

e o mal
por dentro do normal.

segunda-feira, abril 27, 2009

Nada ninguem alguem
amarei mais com o baço
minha proximidade com a bile
arrefaz minha vida em paixão linda mundana
de guerra e paz
eu me tranformando num amor de aguas
que me fogem como um sonho de fogo longe
e assim morre um anjo se debatendo em suas asas abertas e fechadas
ele se afogou em sua asa apressada de um novo voa sob as aguas escaldantes de um vento congelante de terra distante tua
meu corpo embaçado e embasbacado da proximidade longenva do possivel do teu
meu não amor por você morreu numa invenção quase sozinha
de um amor que se queria
tetra inventando: do nada, do desconhecido do seu corpo de cigano que me foge dançando e cantando

segunda-feira, abril 20, 2009

Quero vou contar como se contava: com o fogo:
cantando.
Não abstrairei e não colherei as palavras não maduras de suas escuras fertiliaddes;
a palavra é lança e seta, com terra metalizada e fogo e forja é feita.
Quero refazer as palavras: falarei com fogo de seiva,
a lentidão:
fogo tem raizes?
vou queimar raizes temperadas:
que acontece com o tempo quando queimo? o fogo altera o tempo?

o tempo é as raizes do fogo!
tempo é fogo invisivel!

tudo queima e o sonho?
já sonhei com o fogo, estou sonhando fogo e o fogo não destroi meu sonho: acelera.
Se me pedes menino bonito
assim fico:
vermelho vermelho
como rosa em botão.
E se me desafloro
me arranca os espinhos e o chão

e num ar bonito me entregas a ela
pois sei que é assim:

é dela seu coração.
Ágoras


Lá da vinha vinha um adivinho
no meio da chuva
vinha alegre
pois tinha na caneca
o quente doce
do vinho.

eu que o via de longe vindo
com o vinho tinto alegre na
mão
no meio da chuva o adivinho
com mãos quentes me deu:

uma fria uva.


II

E por um triz
não se tornou meretriz
mal sabe ela
infeliz
que do canto argento da bela diana
eram as mulheres que recebiam,
de braços e leitos abertos os rapazolas.
As primeiras que lhes respeitavam
as leis sendo elas mesmas violadas.

abril

segunda-feira, março 16, 2009

I

Por dentro és resguardo
Por fora ventura
:
tu que teu dentro
lambe teu fora
: entretanto teu entre
entranhas som

vibra-te

tu quem não foges e segues
carregas selvático tua caça

e se com tanto amor me abandonaste
tens casa e morada branca
em minha imaginação
gramado livre
noite aberta até o chao
tudo tão banhado de ar
para que ao teu farejar
transforme-te
em quem tu és,

e de manhã sejas sonho
e calma ganha
de poderes reinar sob tua casa
que é teu corpo .
caçador que não te esqueces de brincar

brinca até a morte levar
sereno e audaz
esfinge;
que me queres eu te adivinhar?!

Foges ó misterio
para mais longe
enquanto te comtemplo por
mais dentro
(está abolido o tempo, dançamos!)

II

E a lua a lua
que o sol lambe
nos penetrará
farejaremos num respirar
seus perfumes e véus suaves.
Nos reconheceremos?
-num leve vislumrar-
-não falaremos-
desteceremos mudos
para contar.

Corpo tu és será
receptor e dadivante
entregará novos e indescobertos (incandescentes)
sonhos delirantes.
ó pura eletricidade
tú faras os pelos se
eriçarem na recordação instintiva
de antigos renovados misterios novos ;

Caçaremos misteros!
Sim, como se caçava a vida com sede de sangue!
mas nós, nós teremos a fronte de um brincalhão

nao quereremos ouro
pois temos o sol
estrelas nos olhos
e prata nos cabelos
seremos novamente que sempre fomos:
ciganos cobertos pela lua
cobertos de especiarias

.cheiraremos a vida.

Pedro Mota
Março

sábado, janeiro 31, 2009

Áo amigo de carne de sonho Leon

O coração batendo Baixo
e sagrado
Vela acesa e protegida.

seu coração perto do chão
seu sorriso lagarto
tua vela acesa
teu respirar a terra
desdo verde do chão
teu verde corpo espelhando
o alto nascido deste mesmo chão

teu lento pensar de eras

lento e pulsar.
Beije-lhe um sapo
entranhei-le
o visco venenoso e calmo
ele Rei da Noite já.
O alucinatorio
começar do meio
da musica {clássica).
Um trovão de repente
a orquestra sobe
principio dos dois lados:
e num salto escuro
um susto iluminado
o coração contrito e alargado
os corpos imantados - a noite se canta e se caça :
É a lua, é a lua
gritam calados, os sapos
um grito cantado
é a lua é a lua
gritam calados
o outro do outro lado
num circulo esfera
natureza ressoa
e por ela cantam
e eles por elas:
isso não era esperado:
É a lua, é a lua
sofre amando o sapo
calado o corpo respirando
apressado sofre parado
e então: É a lua é a lua
a lagoa do outro lado.