quinta-feira, junho 02, 2011

Embriagar-me
De tuas beiradas sanguíneas
Desta tua feitura férrea
Queimar-me em teus ossos gélidos
Cheirar, beijar a brasa em teus cabelos
Qual fogo que cascateia de tua cabeça
Labirintar-me em você
Isso!Fazer dela oca
Cabaça fluídica
Tú! Me agarra como o inverno Relva
á pedra

Tua garra abrindo córtex
Em minhas costas
Floreia-me a a pele, os ossos
A carcaça , a caveira
Lambe-me as entranhas
(como á uma fotografia)
Acêsame
Somos frente
E dentro do outro
Espelhos na escuridão
Ruflo ciclônico
Os lobos
Louca insânia alcatéia
Assovio bruxo
Jogados ao vento
Descobre-me as frestas
Atravessa-me as portas
“palpita o pássaro pequeno no peito”

Eriça-me teu
Assusta-me gozante
Cerca-me elétrica
Fricça-me a pele
Corrente-me ar
Incensa-me mente
Faz-me mistério
Palpita-me sangue

No-meio-te vida.

Um comentário:

tomazmusso disse...

no-meio-te vida!......