domingo, março 16, 2008

Sinto-me desnudado
E desnudado, frágil.
É porque exponho minha alma
Em planta carnívora?
Cansei dos homens.
Estou mulher?
Quero silêncios e solidões
Grandes e sombrosos.
Quero morar na entrada
Com um jardim largado
De uma casa que não conheço os moradores.
Só o som. Tenho que querer o invisível?
Estou querendo ser o ar da flor.
Que hajam insetos !
E suas danças e cantorias de transe.
Dança ou canto?Transe, transe.

Quero é ele morto de ar


Tendo que finalmente se entregar.
Isso é raiva.
Raiva de minha mulher.
Sim, a incandescência vermelha de paixão.
Como A luz de uma vela
Cheia de reza.
Ela canta?
Langorosa, como a escuridão de um rio que escorre para sua vida.

Escorrendo sua vida á morte viva.


Fevereiro 2008

5 comentários:

Manu disse...

Também quero ser ar de flor!!!

lindas imagens, lindo menino, amo tu!!!

Unknown disse...

então quer dizer que temos aqui um grande poeta?
que não-surpresa mais boa do mundo...
:*
Pearl

Anônimo disse...

Poeta intenso
como os instantes
vivo és como
os amantes.

Victor Meira disse...

Quanta angústia, refletida em introspecção e vontade apoteótica. Poesia de lingua simples que toca e se sente.

Ótimo.

Anônimo disse...

li esse poema novamnet,e realmente eh um dosseus poemasque mais gosto, junto com omeu favortio que eh aquelecurmim de tao belo verde