sábado, janeiro 31, 2009

Beije-lhe um sapo
entranhei-le
o visco venenoso e calmo
ele Rei da Noite já.
O alucinatorio
começar do meio
da musica {clássica).
Um trovão de repente
a orquestra sobe
principio dos dois lados:
e num salto escuro
um susto iluminado
o coração contrito e alargado
os corpos imantados - a noite se canta e se caça :
É a lua, é a lua
gritam calados, os sapos
um grito cantado
é a lua é a lua
gritam calados
o outro do outro lado
num circulo esfera
natureza ressoa
e por ela cantam
e eles por elas:
isso não era esperado:
É a lua, é a lua
sofre amando o sapo
calado o corpo respirando
apressado sofre parado
e então: É a lua é a lua
a lagoa do outro lado.

Um comentário:

tomazmusso disse...

poesia vasta como a noite enluarada
de um sertão encharcado. muito bela!
penetra a alma dos apaixonados...