sexta-feira, abril 14, 2006

SOBRE FALAR
eu FALO
ela MUDA

eu FALO
ela MUDA:
me MUDA




Eu falo pra me calar
Eu calo pra me ouvir
Eu me ouço pra falar


Não falo pra mais falar
Não calo pra me silenciar

Só sou

contigo estou



teias de seda
teias de sentimentos
teias de devires
teias que elas tecem
teias que eles se equilibram
teias visives e invisíveis
como os raios dourados ensolarados que se prateiam na lua
onde não se ve o caminho que eles percorrem
atravessando a escuridão em caminhos retos certos eretos
agora posso ve-los (e te celos na escuridão, tenho companheiros
de mãos á mãos) sem cegar
lua a lua
teias de lua á lua
di lua teias di lua

di lua á lua

irmãos da criação
-cria-ação
temos rios
de circulação
sensível água
sensibilizamos o vermelho
do sangue
sangue
mas chega um dia a noite de partir o fio, já é frio
e quando isso acontece o céu se ponteia e aponta pra todos os irmãos e irmãs que já se foram e fiam longe e é de longe que se deve continuar a fiar de longe, o mais longe que nenhum andar pode levar, nenhuma montanha pode alcançar, e nenhum sol e luas pode brilhar estarás só com frios fios ao redor ........


e e nessa hora que a dor alcança ....

é preciso mais que nunca tudo amor
Pedro POncioni Mota

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