domingo, julho 04, 2010

Eu nú
E você
Nenhuma civilização capaz de descrever
As que podiam foram enterradas suas carnes seus sangues e seus sacrifícios batizados pela cruz ou pela ciencia
Eu virgem nu
A carne tremente toda água ardente
sua iniciação
Anunciada prenunciada por esse instante
Aquático de seus olhos em sol de lua
Tranborda-me
Você, você não vem me curar
Vem sim anunciar uma cultura selvagem tresloucada
Inventada a cada noite em cada dia
Candida Estrela super-nova invenção descoconhecida
Me guia em sua cadencia me guia em sua incandescência
seguirei rebento
Puro
Sabendo que amanhecerei gritando berrando por seu leite seu leito seu sangue sua carne
Mas por agora, só isso : inventa, amada, inventa-me.

Nenhum comentário: