domingo, julho 04, 2010

Do vento frio e fresco
vem do longe e fora
o cheiro-perfume
verde malva
de tua carne iluminada.

como os entreponteiros de
um relogio de madeira metal
me encontro no jardim do vazio pleno
como te amo perfume.
a claridade amarela
do zoologico da espera!

preces ao vento sem horizonte
e sem começo.
II


sim
não posso ver-cego o sol
ornado e coroado de espinhos

prefiro antes o anis ao sal

existem vivos os que buscam as raizes da terra diaria.

as flamejantes mãos
da morena parda
que aquaticamente me dança
o respirar

tranquilamente ofegante
como ondas e ondas
de sal

onde pela onda se esconde ?

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